Exames de Raio X detectam emissões eletromagnéticas impressas em chapas fotográficas (radiografias), que são utilizadas nas análises das condições dos órgãos internos, como ossos, formações internas do corpo, tratamentos de tumores, câncer, doenças ósseas etc.
A realização do exame é bem simples. O paciente é posicionado em frente ao aparelho de acordo com o local do corpo a ser examinado e o técnico responsável pelo procedimento dá orientações sobre o que fazer antes, durante e depois do registro da imagem, como retirar roupas e acessórios (brincos, colar, piercing, relógio), respirar fundo, prender a respiração ou manter determinada posição por alguns segundos para melhorar o registro da imagem.
Os raios emitidos pela máquina passam pelo corpo e “imprimem” uma placa sensível gerando a imagem do local desejado. O resultado da radiografia é dado sob forma de laudo pelo médico radiologista, que descreverá as alterações encontradas na imagem.
O Raio X de Tórax é o exame mais comum a ser pedido pelo médico do trabalho, pois todos os funcionários expostos a poeira, pó, névoa, câmaras frias, tintas e solventes em seu ambiente de trabalho (serralheiros, pintores, caldeireiros, jateadores, fracionadores de medicamentos, pedreiros, serventes, entre outros) precisam realizá-lo de acordo com a periodicidade determinada pelo médico coordenador.
Desta forma, é possível avaliar as doenças que afetam o tórax, avaliando-se os pulmões, o tamanho e os contornos do coração, mediastino, pleura, diafragma e os ossos da caixa torácica (costelas, esterno e vértebras).
O Raio X da Coluna é comumente solicitado para todos os funcionários que carregam peso (carregadores, pedreiros, serventes etc.). Pode ser realizado para avaliar qualquer área da Coluna (cervical, torácica, lombar, sacral ou coccígea).
Este exame é comumente usado para diagnosticar doenças que afetam a Coluna, como dor nas costas ou pescoço, fraturas, ossos quebrados, artrite, espondilolistese (o deslocamento ou deslizamento de uma vértebra), degeneração dos discos, tumores, anormalidades no alinhamento da coluna (cifose, escoliose, lordose) ou anomalias congênitas.
O Raio X de Tórax padrão da organização Internacional do Trabalho (OIT) é um exame específico para acompanhar doenças ocupacionais que utiliza um protocolo de interpretação próprio e padronizado, podendo ser realizado em qualquer lugar do mundo e ser comparado com clareza para saber sua evolução.
No relatório gerado pelo radiologista é descrito, além dos dados do paciente, detalhes voltados para a classificação radiológica das pneumocoses, ou seja, das doenças pulmonares provocadas pela inalação de poeira, típicas de determinados ambientes de trabalho.
Desta forma, é possível identificar doenças pulmonares a tempo, que são extremamente dependentes de cuidados em estágio inicial, garantindo maiores chances de se iniciar um possível tratamento para que não haja danos mais sérios ao organismo, trazendo uma melhora exponencial na qualidade de vida dos trabalhadores e permitindo ao empregador avaliar o ambiente de trabalho que está oferecendo aos seus colaboradores e faça as adequações necessárias.
Na legislação brasileira está prevista a versão de 2014 do Raio X OIT como alternativa de interpretação dos exames radiológicos realizados em ASOs admissionais, demissionais e periódicos de trabalhadores expostos à poeira, como forma de o médico do trabalho poder comparar exatamente as modificações que ocorreram ao longo do tempo de exposição aos produtos com risco de desenvolver patologias pulmonares.
Abaixo, segue como é feita a montagem do laudo de um Raio X OIT, como:
